quarta-feira, 15 de novembro de 2023

O que é o HTML 5

     O HTML5 é a versão mais recente da linguagem de marcação HTML, que é usada para criar páginas web. Neste texto, vamos explicar a origem, a aplicação prática e os desafios do uso do HTML5.

 O HTML5 é a versão mais recente da linguagem de marcação HTML


    A origem do HTML5 remonta ao ano de 1991, quando Tim Berners-Lee, um físico britânico e cientista da computação, criou o HTML (Hypertext Markup Language) como uma forma de estruturar e interligar informações na internet. O HTML permitia a criação de documentos com textos, imagens, links e outros elementos básicos, que podiam ser visualizados por meio de navegadores web. O HTML foi evoluindo ao longo dos anos, passando por várias revisões e extensões, até chegar à versão 4.0, lançada em 1999. Nessa época, o HTML já era amplamente usado para criar páginas web, mas apresentava algumas limitações, como a dependência de plugins externos para reproduzir conteúdos multimídia, a falta de padronização entre os navegadores e a dificuldade de acessibilidade e semântica.

Tim Berners-Lee É o criador da World Wide Web,
tendo feito a primeira proposta para sua criação a
12 de março de 1989


    Para superar essas limitações, surgiu o HTML5, que começou a ser desenvolvido em 2004 por um grupo de desenvolvedores web chamado WHATWG (Web Hypertext Application Technology Working Group), que tinha como objetivo criar uma nova versão do HTML que fosse compatível com as tecnologias emergentes da web, como o áudio, o vídeo, o canvas, o SVG, o geolocalização, o armazenamento local, o WebSocket, o Web Worker e o drag and drop. O HTML5 também contou com a colaboração do W3C (World Wide Web Consortium), a organização que define os padrões da web, que lançou a primeira especificação pública do HTML5 em 2008. O HTML5 foi finalizado em 2014, tornando-se o padrão oficial da web, sendo amplamente utilizando desde então.

A aplicação prática do HTML5 é vasta e diversa, essa linguagem cria a
estrutura necessária para a criação de páginas web


    A aplicação prática do HTML5 é vasta e diversa, pois essa linguagem permite a criação de páginas web dinâmicas, interativas, responsivas e acessíveis, que funcionam bem em diferentes dispositivos e plataformas. O HTML5 introduziu novos elementos semânticos, que facilitam a organização e a compreensão do conteúdo das páginas, como o <header>, o <footer>, o <nav>, o <section>, o <article>, o <aside> e o <main>. O HTML5 também introduziu novos elementos para incorporar conteúdos multimídia, como o <audio>, o <video> e o <source>, que dispensam o uso de plugins externos, como o Flash. Além disso, o HTML5 possibilitou a criação de gráficos, animações, jogos e aplicações web complexas, por meio de elementos como o <canvas>, o <svg> e o <script>, que podem ser manipulados por meio de linguagens como o JavaScript e o CSS.

Apesar do HTML5 ser o padrão oficial da web, nem
todos os navegadores suportam todos os seus recursos



    Os desafios do uso do HTML5 são principalmente relacionados à compatibilidade, à segurança e à performance das páginas web. Apesar do HTML5 ser o padrão oficial da web, nem todos os navegadores suportam todos os seus recursos, o que pode gerar inconsistências e erros na exibição das páginas. Por isso, é importante que os desenvolvedores web usem técnicas de detecção de recursos, de fallback e de polyfill, que permitem verificar se o navegador suporta determinado recurso do HTML5 e, caso contrário, fornecer uma alternativa adequada. Outro desafio do uso do HTML5 é garantir a segurança das páginas web, pois o HTML5 permite o acesso a dados sensíveis dos usuários, como a localização, a câmera, o microfone e o armazenamento local. Por isso, é essencial que os desenvolvedores web usem protocolos de criptografia, como o HTTPS, e solicitem a permissão dos usuários antes de acessar esses dados. Por fim, outro desafio do uso do HTML5 é otimizar a performance das páginas web, pois o HTML5 permite a criação de páginas web mais ricas e complexas, que podem consumir mais recursos do navegador e do dispositivo. Por isso, é recomendável que os desenvolvedores web usem técnicas de minificação, de compressão, de cache e de carregamento assíncrono, que permitem reduzir o tamanho, o tempo e o número de requisições das páginas web.

    Em conclusão, o HTML5 é uma linguagem de marcação que evoluiu a partir do HTML, trazendo novos recursos e possibilidades para a criação de páginas web. O HTML5 tem uma origem histórica, uma aplicação prática e desafios que devem ser considerados pelos desenvolvedores web.


sábado, 11 de novembro de 2023

Algoritmos: o que são e como estão presente no nosso cotidiano

    Você já se perguntou como o Google encontra as páginas mais relevantes para a sua pesquisa? Ou como o Facebook decide quais posts aparecem no seu feed de notícias? Ou como o Netflix recomenda filmes e séries que você pode gostar? Por trás dessas e de muitas outras aplicações da internet, existem algoritmos que processam dados, realizam cálculos e tomam decisões.

Por trás de muitas outras aplicações da internet, existem algoritmos


    Mas o que são algoritmos, afinal? E como eles funcionam? E desde quando eles existem? Neste pequeno texto, vamos responder essas perguntas e mostrar como os algoritmos fazem parte do nosso dia a dia, tanto nas tarefas simples quanto nas mais complexas.


O que são algoritmos?


    De forma simples, um algoritmo é uma sequência de passos ou instruções que devem ser seguidas para resolver um problema ou realizar uma tarefa. Um algoritmo pode ser representado por uma linguagem natural, por um fluxograma, por uma linguagem de programação ou por qualquer outra forma que seja clara e precisa.

    Um exemplo de algoritmo que usamos no nosso cotidiano é uma receita de bolo. Para fazer um bolo, precisamos seguir uma série de passos, como separar os ingredientes, misturá-los, colocar a massa na forma, assar no forno, etc. Cada passo é uma instrução que deve ser executada na ordem correta para que o resultado final seja o esperado: um bolo pronto e saboroso.

Exemplo de algoritmo que usamos como exemplo é a ação de trocar uma lâmpada


    Outro exemplo de algoritmo que usamos frequentemente é o de trocar uma lâmpada queimada. Para isso, precisamos seguir os seguintes passos:

- Pegar uma escada;
- Posicionar a escada embaixo da lâmpada queimada;
- Pegar uma lâmpada nova;
- Subir na escada com a lâmpada nova;
- Retirar a lâmpada queimada;
- Colocar a lâmpada nova;
- Descer da escada;
- Ligar o interruptor;
- Se a lâmpada não acender, voltar ao passo 3;
- Guardar a escada;
- Jogar a(s) lâmpada(s) queimada(s) no lixo.

    Perceba que um algoritmo deve ser claro, completo e correto. Isso significa que ele deve especificar todas as instruções necessárias, sem ambiguidades ou omissões, e que ele deve produzir o resultado desejado em um tempo finito, sem erros ou inconsistências.


Como surgiram os algoritmos?


    O conceito de algoritmo é muito antigo e remonta aos primórdios da matemática. O termo algoritmo deriva do nome do matemático persa Al-Khwarizmi, que viveu no século IX e escreveu um livro sobre cálculos com algarismos arábicos. Nesse livro, ele apresentou métodos para realizar operações aritméticas, como soma, subtração, multiplicação e divisão, usando apenas símbolos numéricos. Esses métodos eram algoritmos que podiam ser aplicados a qualquer número, independentemente do seu tamanho ou complexidade.

Os métodos dos algoritmos podem ser aplicados para solucionar
diversos problemas

 

    Ao longo da história, vários matemáticos e cientistas desenvolveram algoritmos para resolver problemas de diferentes áreas, como álgebra, geometria, lógica, criptografia, etc. Alguns exemplos de algoritmos famosos são o algoritmo de Euclides, para calcular o máximo divisor comum entre dois números; o algoritmo de Fibonacci, para gerar uma sequência de números que segue uma regra simples; o algoritmo de Dijkstra, para encontrar o caminho mais curto entre dois pontos em um grafo; e o algoritmo de RSA, para criptografar e descriptografar mensagens usando chaves públicas e privadas.

    Com o advento dos computadores, os algoritmos ganharam uma nova dimensão e importância. Os computadores são máquinas capazes de executar algoritmos de forma rápida e precisa, processando grandes quantidades de dados e realizando tarefas complexas. Para isso, os algoritmos devem ser escritos em linguagens de programação, que são formas padronizadas e estruturadas de representar as instruções que o computador deve seguir.

    Existem diversas linguagens de programação, cada uma com suas características, vantagens e desvantagens. Algumas das mais conhecidas são C, Java, Python, JavaScript, etc. Independente da linguagem escolhida, o objetivo é o mesmo: criar algoritmos que resolvam problemas ou realizem tarefas de forma eficiente e eficaz.


Como os algoritmos estão presentes em nosso cotidiano?


Os algoritmos estão presentes em praticamente todas as áreas da nossa vida, desde as mais simples até as mais sofisticadas. Vejamos alguns exemplos de como os algoritmos estão presentes em nosso cotidiano:

Algoritmos existem desde dos primórdios da matemática e foram aprimorados
com o desenvolvimento dos computadores


- Buscas na internet: quando digitamos algo no Google ou em outro buscador, estamos usando algoritmos que filtram milhões de páginas na internet de acordo com a relevância e a utilidade para a nossa pesquisa. Esses algoritmos analisam as palavras que usamos, os links que existem nas páginas, a experiência de outros usuários, os dados de publicação, etc.

- Redes sociais: quando acessamos o Facebook, o Instagram, o Twitter ou outra rede social, estamos usando algoritmos que decidem quais posts aparecem no nosso feed de notícias, baseados em nossas preferências, interações, amigos, etc. Esses algoritmos também nos sugerem pessoas para seguir, grupos para participar, eventos para comparecer, etc. 

- Entretenimento: quando assistimos a filmes e séries no Netflix, no Amazon Prime ou em outro serviço de streaming, estamos usando algoritmos que nos recomendam conteúdos que podem nos agradar, de acordo com o nosso histórico, o nosso perfil, as nossas avaliações, etc. Esses algoritmos também nos mostram trailers, sinopses, elencos, etc.  

- Compras online: quando compramos produtos na Amazon, no Mercado Livre ou em outro site de e-commerce, estamos usando algoritmos que nos oferecem produtos relacionados, promoções, frete grátis, etc. Esses algoritmos também nos mostram avaliações, comentários, especificações, etc. 

- Navegação: quando usamos o Google Maps, o Waze ou outro aplicativo de navegação, estamos usando algoritmos que nos mostram o melhor caminho para chegar ao nosso destino, considerando o trânsito, as obras, os acidentes, etc. Esses algoritmos também nos informam o tempo estimado, a distância percorrida, os pontos de interesse, etc. 

- Educação: quando usamos o Duolingo, o Khan Academy ou outro aplicativo de educação, estamos usando algoritmos que nos ensinam conteúdos de forma personalizada, adaptando-se ao nosso ritmo, ao nosso nível, aos nossos interesses, etc. Esses algoritmos também nos avaliam, nos motivam, nos corrigem, etc. 

Os algoritmos estão presentes em praticamente todas as áreas da nossa vida


    A verdade é que sequências de passos que existem desde os primórdios da matemática e foram aprimorados com o desenvolvimento dos computadores e das linguagens de programação. Os algoritmos estão presentes em praticamente todas as áreas da nossa vida, tanto nas tarefas simples quanto nas mais complexas. Ajudam a encontrar informações, a se comunicar, a se divertir, a comprar, a se locomover, a aprender, etc. Sem dúvida, uma das maiores invenções da humanidade e uma das principais ferramentas da era digital porque facilitam a criação e aperfeiçoamento de ações para diversas atividades humanas das simples as mais complexas.


quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Porque o Teclado começa com "Q"

 O teclado QWERTY é o layout mais usado para o alfabeto latino em computadores e máquinas de escrever. Mas você sabe por que ele começa com a letra Q e como ele se formou? A origem do teclado QWERTY é um mistério que envolve invenção, adaptação e concorrência.

QWERTY é o layout mais usado para o alfabeto latino em computadores


O teclado QWERTY foi criado inicialmente por Christopher Latham Sholes, um inventor estadunidense, quando desenhou a famosa máquina de datilografia juntamente com o mecânico Carlos S. Glidden. Era conhecida como Sholes and Glidden typewriter (máquina de escrever Sholes e Glidden). A primeira versão do teclado tinha as letras em ordem alfabética, mas isso causava problemas de travamento das teclas quando os operadores digitavam rápido demais.

Christopher Latham Sholes criador da máquina de datilografia


Para resolver esse problema, Sholes fez várias revisões no layout das teclas, tentando separar as letras mais usadas na língua inglesa. Assim, ele chegou ao formato QWERTY, que foi patenteado por ele em 1868 e vendido à Remington em 1873. O nome vem da sequência das seis primeiras letras da primeira linha do teclado.

Uma história popular diz que o layout QWERTY foi feito para desacelerar os datilógrafos e evitar os travamentos, mas isso pode ser uma lenda. Na verdade, o layout QWERTY pode ter sido influenciado pelas preferências dos operadores de telégrafo, que eram os primeiros a testar as máquinas de escrever. Além disso, algumas combinações comuns na língua inglesa estão bem próximas no teclado QWERTY, como ER, ES e TH.

Outro fator que pode ter contribuído para a origem do teclado QWERTY foi a estratégia comercial da Remington. A empresa oferecia aulas no seu layout QWERTY, e quando os datilógrafos se acostumavam com ele, dificilmente mudavam para outro. Isso criava uma fidelidade dos clientes à marca da Remington. Essa situação mudou em 1893, quando as cinco maiores fabricantes de máquinas de escrever se uniram na Union Typewriter Company, que adotou o QWERTY como padrão em seus produtos.

Em 1893, a fabricantes de máquinas de escrever Union Typewriter
Company, que adotou o QWERTY como padrão


O teclado QWERTY se tornou então o layout dominante no mercado de máquinas de escrever e depois nos computadores. Apesar de existirem outros layouts alternativos, como o Dvorak, o QWERTY se manteve popular por causa da sua tradição e conveniência. O layout QWERTY sofreu algumas modificações em diferentes línguas, como o AZERTY e o QWERTZ, mas manteve a sua essência.

Como tantas outras invenções cotidianas teclado QWERTY é o resultado de uma história complexa e curiosa, que envolve inovação, adaptação e competição. Ele começa com a letra Q porque foi uma das soluções encontradas por Sholes para evitar os travamentos das teclas. Provavelmente sua popularização se deve a combinação da influência dos operadores de telégrafo e da estratégia comercial da Remington.



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